Um Amor...Uma Paixão...Uma Obsessão...
Sou fã de Wrestling? Sou! Gosto de ver aqueles monstros a berrar? Gosto! Acho piada alguma aquela palhaçada e aquelas estórias ridículas? Sim! Tenho algum interesse por aquilo, depois de saber e constatar que todo o combate é a “fingir”? Absolutamente!
Foram as criticas com as quais fui confrontado e de certa forma vilipendiado, que me levaram a “abrir” o que vai cá por dentro e a fazer aquele que, na minha mais devota e sincera opinião, será o melhor texto que alguma vez na minha mui recente “carreira” neste mundo dos blogs produzi (repararão adiante que não me estou a vangloriar) e talvez nunca mais realize nenhum com o mesmo teor e/ou honestidade, pois este saiu-me directamente do coração (ou partes próximas) com um sentimento em certos pontos análogo ao rancor, repulsa. Bem sei que soará a esquisito afirmar isto, mas quando me apetece escrever em condições e com o uso de todas as minhas faculdades e inspiração, que segundo uma senhora simpática chamada Dra. Aida Duarte (leia-se: Professora de Português aqui do vosso amigo) é a base que um dia me levará longe (quem quiser confirmar palavra por palavra, dirija-se à Escola Secundária onde frequento as aulas…LOL), que me ponha sobre um sentimento de extrema alegria ou de dor extrema (como foi o caso de ter de lembrar a morte do nosso tão amado Eduardo Gory Guerrero), dois sentimentos completamente paradoxais, ou então sobre sentimentos de raiva, rancor, desejo de vingança e vontade de vencer. Está aqui a receita perfeita para porem o vosso sempre disposto e fiel amigo a trabalhar com a atenção a 300%.
Acabando de me lembrar que isto é um blog de wrestling e não um consultório psiquiátrico, recordo-me que referia há pouco “as críticas com que fui confrontado”. Pois bem, siga-se o exemplo verídico:
- Imaginem que se deitam na cama numa 2ª Feira à noite, rastejantes depois de um treino de resistência na piscina, a “babar” pela Maria João Bastos (ok, admito, estava a ver o “Tempo de Viver”. Já agora, alguém sabe quem é o Tubarão?), por volta das 23.00, e no dia seguinte acordam pelas 8.05 com o grande Pedro Ribeiro nas manhãs da Comercial, de forma a chegar a horas a Biologia pelas 8.25. Tempo ainda para as tarefas diárias e quotidianas em tempo recorde e adormecendo pelo caminho. Estão a imaginar? Ainda mal.
Coloquem-se na pele de um pobre aluno do Secundário, mortinho por ir para o paraíso da Faculdade, no caminho para uma aula, sendo confrontado por dois entes parasitários (à falta de melhor termo antagónico) que bafejam: “Foste ver lá aquilo do Wrestling ao Pavilhão Rosa Mota? És tão palhacinho como a palhaçada que vês. Cromo!” Repare-se na moral das gentes deste país, quando o orador desta brilhante tese é um ignorante de 18 anos e palinha à repas, frequentando ainda o 10º ano de escolaridade (repare-se que estas gentes não são os meus colegas com quem passo a maior parte do dia, pois apenas uma aula tenho com eles, não que tenha nada contra repetentes, não me interpretem mal, apenas sinto repugno pelas palavras de uma pessoa que podia ter dois dedinhos de testa para ver que é ridícula), quando tinha idade para pensar em faculdade e bebedeiras e ainda pensa em leitinho com cola-cao e brincadeirinhas de sala de aula tenha moral para me dizer tal coisa. Caso esteja a ferir as susceptibilidades de alguém, peço as minhas mais sinceras desculpas, mas estou a levar o caso ao extremo do particular.
A este comentário brilhante ainda se segue: “Os gajos são feios como o C******”. Ao que eu argumento: “1º - Não aprecio homens; 2º - Mesmo que a 1ª se constatasse, a beleza das mulheres desta indústria compensa esse facto.”. Ao que surge o mais “brilhante”, analfabeto e grotesco comentário: “Eu quando quero b*ter uma vejo um filme em condições, não vou ao wrestling ver as gajas.” “Não tenho os teus nojentos vícios.” Foi a única resposta com nexo lógico da qual me lembrei. Para “acabar com o estrugido”, um dos professores que mais respeito, aquando de uma série de perguntas sobre como tinha corrido o desporto a alguns rapazes que jogam no F.C.Porto e outros que jogam basket, diz-me: “E o Wrestling na Televisão? E a natação?” Foi a cereja no topo do bolo, mas no sentido figurado e antitético.
Que um ignorante que eu desprezo me diga isso, “é-me igual ao litro”, mas um professor por quem eu nutria um absoluto respeito, fiquei como que paralisado e com um profundo desgosto.
Agora a questão coloca-se: o que é que me leva a idolatrar esta nobre arte (esta expressão já deve estar registada como patente)?
- Sem sombra para dúvidas, os grandes momentos aos quais já tive o prazer de assistir, quer ao vivo (muito poucos), quer pelo ecrã do meu televisor/computador. Querem exemplos de momentos que me fazem ter orgulho de ser um fã fiel desta palavra começada por W? Alguns dos momentos que me deixaram, tanto como a milhares pelo mundo fora, com um friozinho no fundo das costas?
Seja: - Haverá melhor momento clássico que Ric Flair contra Terry Funk pelo Título da NWA, como a estipulação de “I Quit?”.
E que tal ver o mesmo Flair ser Campeão Intercontinental aos 61 anos, mas ainda com uma perfeição técnica que tomaram muitos lutadores de 20-30 anos ter nos nossos dias? E ser campeão de Tag Team com o inigualável “Rowdy” Roddy Pipper?
E olhar para o ecrã e até ficar exausto ao ver dois dos melhores que jamais existirão, lutarem durante mais de 60 minutos, Shawn Michaels e Bret Hart, sagrando-se campeão, o grande HBK? E a reunião dos D-X? Não arrepiou? E o gigantesco Bret “The Hitman” Hart contra “Stone Cold” Steve Austin? E dois dos maiores monstros sagrados que esta modalidade alguma vez teve, a colocarem o público nos píncaros como eu nunca assisti igual, como naquela noite na Skydome, em Toronto, entre The Rock e Hulk Hogan? E que tal o Chris Jericho e o The Rock a fazerem rir o mundo com “Steph, You’re the breast…I mean, the Best!” e “I Say…Let The Bubbies Hit The Floor”? E o mesmo incontornável Y2J Chris Jericho a tornar-se campeão Incontestável? Soberbo. E ver o Mick Foley, um homem que sempre deu tudo e fez tudo dentro das suas limitações, tornar-se “World Wrestling Federation Heavyweight Champion of the WOOOOOORRRRRLLLLLDDDDD…..? (não que eu ache muita piada aos New Age Outlaws, mas o grito de Michael Buffer é algo de fabuloso) Inesquecível, marcou o mundo do Wrestling para sempre, pois foi aí, na minha opinião, que a WWF ganhou terreno nas Monday Night Wars. Trish a colocar a Lita no Sharpshooter? Fantástico, foi para mim dos melhores momentos de 2006, senão o melhor. Kurt Angle é operado, volta à acção em tempo recorde e faz Lesnar desistir, vencendo assim o título da WWE. Eddie Guerrero é induzido no Corredor da Fama da WWE. Chorei! Benoit e Eddie, ambos campeões mundiais, felizes, Benoit chora de alegria, Madison Square Garden em erupção, Wrestlemania, um abraço mágico entre duas lendas, uma viva e outra, infelizmente, morta (Eddie, paz à tua alma), do Pró-Wrestling. Senti talvez o maior orgulho em ser fã de Wrestling. Para o futuro? Talvez ver CM Punk e Randy Orton edificados como Main Eventers e ver Shawn Michaels campeão uma última vez (ou últimas vezes).
Momentos ao Vivo e a Cores: Ver os lendários Dudleys, o “Pound by Pound Best in the World”, o Fenomenal AJ Styles, Christian, o título da NWA, que só de pensar na sua história fico a suar, título esse que já foi “carregado” por nomes como “American Dream” Dusty Rhodes, “Nature Boy” Ric Flair, Sting, entre outros, ter a meio metro de mim dois dos maiores colossos de sempre, Kurt Angle (sim V1, tu é que tens razão maior, sou um mark do car*lho por este gajo) e Samoa Joe, ver um Dream Match entre estes dois, tocar no ombro (isto soa a gay, mas não o é…LOL…ok, esqueçam) de Kurt Angle, um homem ao qual tenho o orgulho de chamar herói e ídolo, dar um valente aperto de mão e uma pequenina conversa com o Fenomenal me pessoa, AJ Styles, um beijinho na belíssima Gail Kim, e ter uma das mulheres mais perfeitas que já vi, a menos de meio metro da minha pessoa. Estes são momentos que só uma lavagem cerebral bem forte apagará da minha memória.
E depois deste autêntico testamento faraónico, que me resta dizer caros amigos? Talvez que deixei claro o meu estado de espírito e o que me leva a dizer a plenos pulmões, e que nunca nada nem ninguém me vai tirar:
“SOU UM FÃ DE WRESTLING!”